ESCALA DIATÔNICA, HISTORIA E TEORIA

Instrumental e Vocal Brasil / /

Escala diatônica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Escala diatônica é uma escala de sete notas (heptatonica), com cinco intervalos de tons e dois intervalos de semitons entre as notas. Este padrão se repete a cada oitava nota numa seqüência tonal específica. A escala diatônica é típica da música ocidental e concerne à fundação da tradição da música européia. As escalas modernas maior e menor são diatônicas, assim como todos os sete modos tonais utilizados atualmente.

Histórico[editar | editar código-fonte]

As escalas que hoje em dia são conhecidas como escala maior e escala menor, na Era Medieval e no começo da Renascença, eram apenas dois dos sete modos litúrgicos (modos jônio e eólio, respectivamente). Na passagem da Renascença para o Período Barroco, a noção musical de tonalidade já se consolidava, baseada na ideia de uma tríade central em vez de uma nota simples como tom central de cada modo (finalis). As escalas maiores e menores dominaram a música ocidental até o início do Século XX, parcialmente porque os seus intervalos são perfeitos para reforçar a ideia da tríade central. Entretanto, a sonoridade modal sobreviveu por meio da música tradicional, popular e folclórica, sempre havendo inclusões no repertório erudito desde a era clássica, passando pela romântica (especialmente nos repertórios nacionalistas, novamente marcando a presença da música popular) até a música erudita do Século XX (com compositores como Debussy e Villa-Lobos, a beber dos modos da música oriental e indígena brasileira, respectivamente). A sonoridade modal se reinventou na música popular do século XX, sendo visível na escala do Rock, no Jazz e de maneira mais especial e recente com a chamada World Music, na busca de referências sonoras com a antiguidade e com a história antiga das civilizações (Inca, Índia, China, etc.).
Entretanto, a organização da harmonia da música clássica, a partir do Período Barroco é completamente fundamentada na organização harmônica advinda dos modos jônio e eólio, que fundamentam os dois sistemas harmônicos Maior e Menor.

Teoria da Escala Diatônica[editar | editar código-fonte]

Todas as escalas musicais empregadas na música ocidental não passam de variantes da escala diatônica. Ela teve origem na antiga Grécia.
O sábio grego Pitágoras acreditava que tudo no universo está governado pelos números. Ele notou que, quando uma corda esticada é posta em vibração, ela produz um certo som. Se o comprimento da corda vibrante for reduzido à metade, um som mais agudo é produzido, que guarda uma relação muito interessante com o primeiro. Para entender melhor o que Pitágoras fez, vamos pensar na corda dó de uma viola ou violoncelomoderno. Quando submetida a uma certa tensão, se a corda vibra em toda a sua extensão, ela produz um som de uma certa frequência, que se convencionou chamar de dó. O instrumentista varia o comprimento da corda vibrante, pondo o dedo em certas posições na corda. O que Pitágoras fez foi reduzir o comprimento da corda segundo a sequência de frações  e . A vibração do comprimento restante ( e ) produziria as notas que hoje nós chamamos de dó, sol, fá e mi.
Cordado1.jpg
Como a frequência do som produzido por uma corda vibrante é inversamente proporcional ao comprimento da corda (), se atribuímos o valor 1 à frequência fundamental da corda, as frequências  das outras notas que acabamos de obter resultam: mi = , fá = , sol = . Isso pois os comprimentos  para as notas mi, fá e sol são, respectivamente:  e .
Assim, as notas musicais são geradas a partir de relações de números simples com a frequência fundamental. Ao multiplicarmos a frequência de uma nota por 2, obtemos uma outra nota que recebe o mesmo nome da anterior. Se multiplicamos a frequência por , obtemos uma nota que guarda com a anterior uma relação harmônica tão interessante que ela recebe um nome especial: a dominante.
É claro que uma escala musical com só quatro notas como a que obtivemos acima é muito pobre, mas a verdade é que todas as notas musicais podem ser geradas a partir da dominante. Por exemplo, se quisermos saber qual é a dominante do mi, só precisamos multiplicar a frequência do mi por :
 *  = ; obtivemos assim uma outra nota, que chamamos de si.
Se multiplicarmos a frequência do fá por  obteremos a própria nota dó, provando assim que a dominante do fá é dó:  *  = 2
Já sabemos que sol é a dominante de dó; para saber qual é a dominante do próprio sol, fazemos *=. Obtemos então uma nota mais aguda que o segundo dó; dividindo sua frequência por 2 (para que ela fique na primeira gama que estamos tentando preencher), *= - obtemos assim uma outra nota, que vamos chamar de ré.
Assim, seguindo o método acima, procurando achar a dominante de cada nota obtida (multiplicando sua frequência por 3/2), acabamos por obter a escala diatônica completa:
misolsi
19/85/44/33/25/315/82
VVVVVVV
9/810/916/159/810/99/816/15
Percebemos que a dominante é o quinto grau da escala. Uma quinta acima do dó está o sol; uma quinta acima do sol está o ré; uma quinta acima do ré está o lá; assim, seguindo o ciclo das quintas, obtemos todas as notas da escala diatônica e retornamos ao dó.
Para sabermos em que ponto da corda dó o instrumentista deve pôr o dedo para obter as notas sucessivas da escala diatônica, basta olharmos a figura abaixo:
Cordado2.jpg

Intervalos

intervalo entre duas notas é definido da seguinte maneira: se a frequência de uma nota é , e a da outra é , então o intervalo entre elas é a razão . Se esta razão for igual a 2, o intervalo é chamado de oitava justa. Outros intervalos também recebem nomes especiais:  = quinta justa = quarta justa = terça maior = terça menor = tom maior = tom menor = semitom. O intervalo entre o tom maior e o tom menor, igual a 81/80, é chamado uma coma pitagórica, e é considerado o menor intervalo perceptível pelo ouvido humano.

Formação das escalas maiores

A escala que acabamos de obter também se chama a escala de dó maior. Se tivéssemos começado com a corda sol de um instrumento musical, e fizéssemos a mesmíssima divisão da corda que fizemos acima, obteríamos não mais a escala de dó maior, mas sim a escala de sol maior. A escala que criamos acima tem a seguinte distribuição de intervalos:
misolsi
VVVVVVV
tomtomsemitomtomtomtomsemitom
Suponhamos que queiramos formar uma escala que soe melodicamente igual à escala de dó maior, mas começando na nota sol.
solsimisol
VVVVVVV
tomtomsemitomtomtomsemitomtom
A escala acima não soa melodicamente igual à escala de dó maior, e é fácil ver porque. A distribuição dos semitons não é a mesma. Para que isto aconteça, uma nota da escala tem que ser alterada. Mais precisamente, o fá tem que subir um pouco para ficar mais próximo do sol e mais longe do mi. Ou seja: dizemos que o fá tem que virar fá sustenido. Resolvendo uma equação, acharemos facilmente que precisamos multiplicar a frequência desta nota por 25/24 (dividindo o intervalo da terça maior pelo intervalo da terça menor).
Definição: Sustenir uma nota é multiplicar sua frequência por 25/24.
Similarmente, se quisermos criar uma outra escala que soe melodicamente igual à escala de dó maior, mas começando na nota fá, veremos que teremos que alterar uma nota da escala. Mais precisamente, o si vai ter que virar si bemol.
Definição: Bemolizar uma nota é multiplicar sua frequência por 24/25.

Ver também


A INFORMAÇÃO MUSICAL QUE VOCÊ PRECISA!

Credibilidade e Confiança na Informação Musical para todo o Brasil!

EM PARCERIA COM O PROJETO - MÚSICA COM SIMPLICIDADE - EAD (ENSINO MÚSICAL À DISTÂNCIA) DE ALTA QUALIDADE - AULAS PRESENCIAIS E ONLINE PARA TODO O BRASIL (CANAL YOUTUBE)

FALE CONOSCO: CLIQUE AQUI (WHATSAPP) | Instagram | Facebook

PERGUNTE DIRETO

Nome

E-mail *

Mensagem *



Página com maior Nº de acessos!

TAGS RELACIONADAS | INSTRUMENTAL E VOCAL BRASIL

Instrumental e Vocal Brasil - A Informação Musical que Voçe Precisa! Aqui você fica por dentro de tudo do bom e do melhor na Bahia e no Brasil. AULAS DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, CURSOS DE INSTRUMENTOS VIOLÃO, TECLADO, CONTRABAIXO, GUITARRA, CAVAQUINHO CAVACO, VIOLONCELO, VIOLONCELLO, VIOLONCELLO, PIANO, TECLADO, APRENDA A TOCAR UM INSTRUMENTO MUSICAL EM ITABUNA BAHIA, CIDADE MUSICAL, QUER APRENDER A TOCAR UM INSTRUMENTO MUSICAL - CURSOS ONLINE DE MÚSICA, CURSOS ONLINE AO VIVO, CURSOS ONLINE EAD BRASIL, APRENDA A TOCAR ACORDEON, SANFONE, GAITA, UKULELE, UKULELÊ, GRUPO MUSICAL EM ITABUNA BAHIA, ACORDIONISTA, LUTHIER LUTERIA LUTHIERIA BAHIA, ITABUNA, ILHÉUS, VITÓRIA DA CONSQUISTA BAHIA, QUER APRENDER A TOCAR , QUER APRENDER A CANTAR - MÚSICA COM SIMPLICIDADE ESCOLA DE MÚSICA EM ITABUNA COM AULAS PRESENCIAIS E ONLINE - AULAS AO VIVO POR VÍDEO CHAMADA - QUER APRENDER A TOCAR CONTRABAIXO - AULAS DE  CONTRABAIXO | QUER APRENDER A TOCAR VIOLONCELO - AULAS DE  CELLO | QUER APRENDER A TOCAR FLAUTA TRANSVERSAL - AULAS DE  FLAUTA | QUER APRENDER A TOCAR TROMPETE - AULAS DE  TROMPETE | QUER APRENDER A TOCAR TROMBONE - AULAS DE  TROMBONE | QUER APRENDER A TOCAR GUITARRA BAIANA - AULAS DE  GITARRA BAIANA (GB) BRASIL | CURSO DE VIOLÃO COM O PROFESSOR PABLO SHAUL - AULAS EM DOMICÍLIO COM O MELHOR PROFESSOR DE MÚSICA DA REGIÃO ITABUNA BAHIA, AULAS ONLINE E AO VIVO EM TODOS O BRASIL | QUER UM GRUPO MUSICAL PARA SEU EVENTO | GRUPO MUSICAL EM ITABUNA | GRUPO MUSICAL PARA CASAMENTO EM ITABUNA | MELHOR GRUPO PARA EVENTO ITABUNA MELHOR FORMAÇAO MUSICAL EVENTOS BAHIA | QUARTETO BAHIA | FORMAÇÃO MUSICAL A MELHOR DA REGIÃO | CURSOS ONLINE EM ITABUNA BAHIA BRASIL | QUER TOCAR VIOLÃO ? APRENDA TOCAR COM AULAS PRESENCIAS E ONLINE | ONLINE EAD | online AO VIVO | VIOLINO AULAS EM ITABUNA CURSO DE VIOLINO ITABUNA ILHÉUS VITÓRIA DA CONQUISTA | PROFESSOR DE MÚSICA LICENCIADO EM ITABUNA | PROFESSOR FORMADO EM MÚSICA NA BAHIA AULAS DE TECLADO | VIOLÃO, VIOLINO, BAIXO, SITAR, SÍTAR INDIANA NO BRASIL | AULAS DE GUITARRA BAIANA NA BAHIA | AULAS DE BANDOLIM CURSOS AULAS BRASIL # arena itabuna show # show do teto em itabuna # ingresso thiago # aquino itabuna stand up em itabuna show tierry itabuna camarote itapedro itabuna


Musicos
Cantores/Vocalistas
Instrumentistas